sexta-feira, dezembro 07, 2012

É de chorar!

É impressionante a extensão do reinado da imbecilidade no nosso país. Ou o ensino público se leva a sério urgentemente ou seremos uma nação de idiotas completos amanhã de manhã. Veja as músicas que fazem sucesso, veja quem são as “celebridades”, veja quais são os filmes e programas de TV preferidos da média dos brasileiros, veja a preocupante inexistência de leitura de livros, veja o quão limitado é o vocabulário dos brasileiros. A predominância do inconsciente coletivo se aprofunda quando deveria ocorrer o contrário. Quase não se estuda mais, e quando se estuda, não há resultados porque o ensino no país é um desastre. O professor sabe: ele finge que ensina, o aluno finge que aprende. Sabe que não será reprovado...
Governos que não investem na Educação de seu povo, que economizam em livros, cadernos, lápis e canetas, fatalmente terão que triplicar gastos com segurança, bombas de gás lacrimogênio, Febems, cassetetes e prisões. Educação é Poder. Nenhum povo adequadamente educado admitirá que 1% da população detenha 60%das terras produtivas do País. Para onde vamos? Que tipo de povo somos... ou seremos? É triste constatar que, quanto menos o cidadão sabe, mais quer discutir e defender opiniões sem embasamento. E assim se transforma em massa de manobra fácil para políticos espertos, para religiões suspeitas, para torcidas violentas, para o crime organizado e por aí vai. É de chorar.

sexta-feira, fevereiro 17, 2012

Chorei

Chorei! Chorei ao ver filhos criados em cativeiro, chorei ao ver crianças sob viadultos. Como cantou o poeta: "talvez o mundo não seja pequeno/nem seja a vida um fato consumado." Chorei também por aqueles que se embriagam por não entender essas coisas, essas coisas de política e poesia. E eu não mais tenho além das minhas rugas e minhas cicatrizes. As mãos, eu as trago vazias. O passo cansado nessa estrada em que me encontro a tanto tempo, cansado de ver gente à venda infestando a cidade como percevejos. Olho no espelho e já não me vejo mais. Parti, há algum tempo. Parti para nunca, nunca mais voltar (tive a impressão de ter ouvido alguém murmurar: vai pela sombra!).