domingo, fevereiro 07, 2016
El tinku. Inti-Illimani y Quilapayún 2004 Subtitulado
El Tinku é música do folclore andino e não é cantada em espanhol, mas em quéchua, idioma de uma das grandes tribos que vivem na Cordilheira dos Andes. Ouça a música e acompanhe a letra:
Sisi machai cuni, ñañitai,
machai cuya nila.
Machai cuya nila, ñañitai,
matayahuan quita.
Sisi tusi situ, ñañitai,
matusiki situ.
Matusiki situ, ñañitai,
eso si axi tu.
Ay tunitai tuna, ñañitai,
tucu yucui tuna.
Tucu yucui tuna, ñañitai,
amke tuyai tuna.
Sisi machai cuni, ñañitai,
machai cuya nila.
Los Nocheros - La Yapa
La Yapa
(Los Nocheros)
Una joya para mí es el sabor de tus besos,
Se caen de propio peso, pero no llegan al fin
Y prefieres presumir teniéndome preso
Estoy convencido que tus ojos brillan de verme,
Y no puedo convencerme porque me dijiste ayer
Que habrá una primera vez mañana con suerte.
Yo quiero sin ofender decirte andas uvita
El corazón te palpita tan solo de suponer
Que te pediré otra vez me des la yapita.
No entiendo por que razón tu corazón se me escapa
Y tu boquita me mata cuando me dices que no,
que aparte del corazón, te pido la yapa.
No soy pretencioso amor pero porque me lastimas
Adentro llevo una espina que me dobla el corazón
Si la yapa es la ilusión de toda mi vida.
A veces me da pensar que vos te haces la rogada
Y luego no tienes nada, te haces la que no escuchas
Que ya en el tramo final la yapa no es nada.
Para poder aflojar y comprender que no miento
De mis labios juramento quizá tengas que escuchar
Si no tendré que esperar hasta el casamiento.
No entiendo por que razón tu corazón se me escapa
Y tu boquita me mata cuando me dices que no,
que aparte del corazón, te pido la yapa.
Se caen de propio peso, pero no llegan al fin
Y prefieres presumir teniéndome preso
Estoy convencido que tus ojos brillan de verme,
Y no puedo convencerme porque me dijiste ayer
Que habrá una primera vez mañana con suerte.
Yo quiero sin ofender decirte andas uvita
El corazón te palpita tan solo de suponer
Que te pediré otra vez me des la yapita.
No entiendo por que razón tu corazón se me escapa
Y tu boquita me mata cuando me dices que no,
que aparte del corazón, te pido la yapa.
No soy pretencioso amor pero porque me lastimas
Adentro llevo una espina que me dobla el corazón
Si la yapa es la ilusión de toda mi vida.
A veces me da pensar que vos te haces la rogada
Y luego no tienes nada, te haces la que no escuchas
Que ya en el tramo final la yapa no es nada.
Para poder aflojar y comprender que no miento
De mis labios juramento quizá tengas que escuchar
Si no tendré que esperar hasta el casamiento.
No entiendo por que razón tu corazón se me escapa
Y tu boquita me mata cuando me dices que no,
que aparte del corazón, te pido la yapa.
sexta-feira, novembro 27, 2015
O não é ausência do sim
05/11/2015
20:09Beber um querosene, tomar uns goros,
Sei lá, talvez apertar unzinho.
Eu posso, já sou bem velhinho.
Ouvir rock, escrever um verso atroz.
Viver cultivando ervas venenosas.
Às vezes umas plantinhas carnívoras.
Fugindo sempre das almas sebosas.
Oras, nenhuma fera é herbívora.
Posso dar um tiro, tomar um baque.
Desertar dessa decência inútil.
Me perder nas curvas e antros.
Ver Big Brother, me tornar fútil.
Rir na cara da tropa de choque.
Passar a mão na bunda do sargento.
Acender uma vela no pé da sentinela
e, numa missa negra, invocar o sarnento.
É hoje que eu bebo um litrode querosene, de água sanitária.
É agora que o Destino se estrumbica.
É hoje que morro, mas de larica.
Veja você: no meu quintal
até reforma agrária eu fiz
Pisei no pé daquele ditador.
Na igreja cantei um xaxado pro Senhor
Porque sei: tudo vem de algum lugar,
mas há coisas que não tem fonte.
Silêncio, escuridão...
O punho quando a mão se abre,
o colo quando se levanta.
Não nascem de nada, são ausências,
são alterações da essência.
É quando o não é ausência do sim.
A bronha quando você não está a fim.
A minha raiva de vocês todos
porque hoje trago meu coração
coberto de lodo.
terça-feira, setembro 29, 2015
sábado, setembro 05, 2015
Obsceno
Obsceno
Alcir
Rodrigues de Oliveira
“Não vem não!”, diz ela.
“Tá véio demais pra bulir em mim.”
Eu insisto, prenda minha:
“uma bulida só, uma bulidinha
só pra arrepiar a bacurinha.”
Teu orgulho
Teu orgulho
Alcir Rodrigues de Oliveira
Deixa teu orgulho,
Tua raiva, teu coração
Deixa teus olhos em minhas mãos;
Quero levá-los a passear
E mostrar-lhes em que ponto
Ficaste pelo caminho.
Não te preocupes,
Não estarás a sós
Multidões imensas também ficaram
E com elas, um País.
Não estranhe se me vir chorar
Não estranhe; é minha Nação.
Chorar... mais não posso fazer.
Brasileiros
A raça ariana, quando se considerava raça pura e superior,
raciocinou que raças inferiores não tinham direito a viver. E assim se criou o
nazismo que provocou a Segunda Guerra onde morreram 50 milhões de pessoas. Os
nazistas passaram a perseguir e eliminar negros, homossexuais, deficientes,
ciganos e, principalmente, judeus. Todo mundo sabe no que deu...
Na Argentina, os “porteños”, nascidos na província de Buenos
Aires, se acham superiores a tudo e a todos. Discriminam argentinos que não
seja da província. No Brasil, paulistas pensam que são melhores que todos os
outros, desprezando principalmente os nordestinos. São neonazistas.
Aquele que discrimina uma pessoa revela mais sobre si mesmo
do que sobre aquele a quem aponta o dedo. E quando se aponta um dedo para uma
pessoa, é bom lembrar que, enquanto aponta um, há três dedos apontando para si
mesmo. Um dia aprenderão que as carências de uma pessoa não diminui seus
direitos. E que nordestinos são tão (ou mais) brasileiros que os paulistas. O
fato de Estado de São Paulo ser mais desenvolvido e rico que os Estados do
Nordeste não torna os paulistas superiores a ninguém em nada.
Novos nazistas, vocês não são bem-vindos. São pessoas com
quem não quero amizade. Fiquem longe de mim. Sou paulista, mas se um dia São
Paulo ou o sul inteiro se separar do resto do País, eu irei embora pro
Nordeste. Afinal, quero viver junto aos brasileiros.
Rapadura do meu sertão
Rapadura do meu sertão
Alcir Rodrigues de Oliveira
Alcir Rodrigues de Oliveira
Ilegal, delinquente, subversiva.
Vem com sua beleza invasiva
E me atira à sarjeta, ao léu,
Tu, nuvem branca do meu céu.
Paisagem? Criança bonita
Nem menina nem mulher
Fica matando seus piolhos
És colírio pros meus olhos.
Que sortilégio, que feitiço é esse?
Que me rodopia e transforma
O meu amor metido a besta
Em forrózinho da minha festa?
Santinha da minha oração
Assim vejo tua imagem
Porque a prece, todos sabem,
É inimiga da perfeição.
Nunca me faço rogado
Porque, pra estar ao teu lado
vou longe, vou à pé,
Talquinho do meu chulé;
Chega como quem não quer nada
Tasca seu olhar em mim
E rouba meu coração então
Rapadura do meu sertão,
Me encanta, me comove, me enfeitiça
E, sem aviso algum, meu fogo atiça
Arrasta minh’alma sem previsão
antiácido da minha indigestão,
Não acho rima pra essa imagem
Que te endeusa, te louva.
Mas vai assim mesmo... Tu és
O supositório da minha hemorróida.
Evoé, alma penada
Tranquila no mamilo?
De boa na lagoa,
Suave na nave?
Certinho no vidrinho?
Vai indo que eu não vou...
Bom
dia, poetas velhos.
Me deixem na boca
o gosto dos versos
mais fortes que não farei.
Paulo Leminski
Me deixem na boca
o gosto dos versos
mais fortes que não farei.
Paulo Leminski
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