sexta-feira, outubro 27, 2006

Uma notícia preocupante...

Antes de fazer jus ao título acima: em dezembro de 95 publiquei meu primeiro livro, Treze Infernos, Textos poéticos, contos e crônicas. Há mais ou menos cinco anos, venho escrevendo um segundo livro, tendo Seara Encantada como título provisório. Estou parado na fase de revisão final, que é ora de cortar, cortar, cortar. E comecei recentemente a trabalhar num terceiro livro que trata do resgate da História do jornal O Franco, lançado em dezembro de 78. Espero terminá-lo no ano que vem e creio que o terceiro livro será lançado antes do segundo. Pode?
Mas vamos ao que interessa: estou com meu segundo livro parado. A história gira em torno da urgência do planeta em relação às agressões sofridas. E o risco de alterações climáticas extremas como tsunamis, grandes secas, degelo dos pólos, frequência cada vez maior de furacões etc.
Aí, vejo no jornal Folha de S. Paulo de 25/10 a notícia, alarmante, que segue reproduzida abaixo. E fico com a impressão de que a casa vai cair e as pessoas não estão ligando. E me animo a retomar o meu livro, que é mais um alerta, embora divertido.
Alcir de Oliveira

NOTÍCIA PUBLICADA NA FOLHA DE S. PAULO DE 25-10-2006

Humanidade já excede capacidade da Terra
Da Redação
Os seres humanos já usam recursos naturais a uma taxa 25% maior que a capacidade do planeta de regenerá-los. Se a tendência continuar, afirma um relatório divulgado ontem, em 2050 a humanidade precisará de duas Terras para prover suas necessidades.
O documento, chamado Living Planet Report, é lançado todo ano pela Ong WWF. Ele se baseia em dois indicadores: o chamado índice planeta vivo, que mede as tendências da biodiversidade na Terra, e a pegada ecológica, que calcula fatores como a biocapacidade (área produtiva de pasto, lavoura e florestas necessária à satisfação das necessidades humanas) e a capacidade dos oceanos de diluir a poluição humana.
O relatório de 2006, que captura essas tendências globais até 2003, indica que a humanidade superou a capacidade regenerativa do planeta por volta de 1980. O índice planeta vivo caiu 30% entre 1970 e 2003, o que indica que as extinções estão se acelerando.
“A humanidade não está mais vivendo dos juros da natureza, mas esgotando seu capital”, afirma o relatório. “A esse nível de déficit ecológico, a exaustão dos ativos ecológicos e o colapso em grande escala dos ecossistemas parece cada vez mais provável.”
Esse déficit não é igual para todos os seres humanos. A maioria dos países desenvolvidos “deve” mais ao planeta por ter uma pegada ecológica maior. Os EUA são o maior exemplo. Cada cidadão americano demanda 9,6 hectares para atender a seus padrões de consumo, mas a biocapacidade dos Estados Unidos é de apenas 4,7 hectares por pessoa – um déficit ecológico de 4,8 hectares por pessoa.
Já o Brasil, pelo menos nesse quesito, é (ainda) um credor: cada brasileiro usa 2,1 hectares, tendo o país uma biocapacidade de 9,9 hectares por pessoa.

Um comentário:

Anônimo disse...

Oi Alcir, gostei do que você escreveu, principalmente do relato de suas férias e de suas desventuras em um bar de Franco da Rocha. Em novembro será a minha vez de chutar tudo pro alto e usufruir do meu direito trabalhista de 30 dias de paz e sossego. Um grande abraço e prometo sempre que puder entrar mais vezes no teu universo blogueiro.
PS - Quero um livro teu.
Um abraço.