sábado, setembro 05, 2015

Sem consenso



Sem consenso
Alcir Rodrigues de Oliveira
 
O papel está em branco,
Por isso serei franco.
Batuco essas mal traçadas
Só pra ver a guerra deflagrada.

Queimaram o negro,
Queimaram o índio.
Queimaram...
Indigente, índio também é gente

E delegado também é gado.
Que te mande para a masmorra,
Mas, favor, não morra.

Sou jornalista,
Sei que estou na lista
Por ser também petista.

Se falam que vivo no gargalo
Eu, oras, me calo.
Estou cansado que me pisem no calo.

E vou, indiferente,
Passando rente a essa gente.
Gente coxinha, gente mesquinha
Gente sem livros, Deus me livre.

Eu penso, ando e penso,
Não procuro o consenso
Talvez, sim, o bom senso.

Deixei de ser bobo
Quando parei de ver a Globo.
Não ligo para o que ela diz
Porque amo de verdade o meu País.
Que vai se transformar,
Um dia vai...

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